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Política Sábado, 12 de Dezembro de 2015, 18:33 - A | A

Sábado, 12 de Dezembro de 2015, 18h:33 - A | A

Entrevista

Anular decisão da Comissão Especial da Câmara dos Deputados seria uma intromissão indevida, diz Aécio sobre STF

Aécio diz que STF tem que respeitar decisão da Câmara de abrir impeachment de Dilma

Divulgação RedeTV!

O presidente do PSDB, senador Aécio Neves, afirmou que o Supremo Tribunal Federal (STF) tem que respeitar a decisão do Legislativo de abrir o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. A declaração foi feita, na quinta-feira (11.12), ao programa É Notícia. A íntegra da entrevista será transmitida na noite de segunda-feira (14.11) para terça, a partir da 0h30, na RedeTV!.

De acordo com o senador mineiro, anular a decisão da Comissão Especial da Câmara dos Deputados seria uma intromissão indevida e que pode gerar um conflito ainda maior.

Aécio afirmou ainda que a tendência do PSDB é votar pela cassação do mandato do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Cunha é acusado de ter mentido a seus pares durante depoimento à CPI da Petrobras, quando negou que possuísse contas secretas no exterior e offshores.

"As acusações são graves, é muito grave a situação dele. Já há elementos para garantir a continuidade da investigação. A tendência do partido [PSDB] é ir nessa direção [cassação do mandato]". Segundo Aécio, "antes do processo de impeachment de Dilma, já tínhamos [PSDB] nossa posição ante Cunha".

Apesar do tom crítico em relação ao presidente da Câmara, Aécio defendeu a legitimidade da abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. "No exercício de sua posição, (Cunha) fez algo legítimo". Para Aécio, "há uma tentativa de se transformar [o processo] em disputa da presidente da República com o presidente da Câmara [Eduardo Cunha (PMDB-RJ)]".

Na opinião do parlamentar, o vice-presidente Michel Temer deu sinal claro de distanciamento da presidente Dilma Rousseff com a carta enviada esta semana à petista. "Vi dois momentos na carta: o mais expressivo, o do rompimento. Por outro lado, ele se deteve de forma excessiva na cobrança de nomeações, por exemplo. Senti falta de uma condenação das medidas tomadas e que levaram o país a essa situação", afirmou.

Sobre um possível apoio do seu partido a um eventual governo de Michel Temer, em caso de impeachment de Dilma, Aécio Neves disse que é algo "que terá que ser avaliado". "Não é uma questão colocada hoje. Não sei se um governo do PMDB englobaria nossas propostas. Devemos ir devagar com o andor, conhecer o projeto. O PSDB não se negará a apoiar medidas para tirar o país da crise", ponderou.

“Não me seduz pessoalmente participar de um governo, ministérios, que eu não acredite ter compromisso com nosso programa, com nosso projeto. A proximidade com o PSDB jamais se dará pela oferta de cargos em qualquer governo, inclusive no dele [Michel Temer], eventualmente”, completou Aécio.

Ao analisar o risco de impedimento da presidente Dilma, o presidente do PSDB, principal partido da oposição à atual gestão federal, afirmou que "há uma diferença grande do processo" que levou à queda de Fernando Collor de Mello e o que corre contra a atual mandatária. "Talvez os crimes desse governo sejam maiores que os cometidos por Collor. Dilma e governo mergulharam o país. Se tem alguém responsável por esse processo de impeachment, é a própria presidente da República", disse.

Para Aécio Neves, "Dilma e o governo mergulharam o país em uma crise sem precedentes" e o processo de impedimento "não é golpe, é previsto constitucionalmente. Não há golpe dentro da Constituição". "É no campo jurídico que isso deve se resolver. Não é a baixa popularidade ou a economia que tirarão Dilma do poder", afirmou. "Dou a ela [Dilma] o direito à defesa. Convença o Congresso que não cometeu crimes de responsabilidade fiscal. Se o TSE julgar que ela não usou a máquina pública nas eleições, tenho que respeitar", completou o político.

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