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Política Terça-feira, 17 de Novembro de 2015, 10:06 - A | A

Terça-feira, 17 de Novembro de 2015, 10h:06 - A | A

Ex-deputado Luiz Argôlo é condenado a 11 anos e 11 meses

Moro mantém prisão cautelar para evitar que ele venha a assumir como deputado

O Globo

O ex-deputado João Luiz Correia Argôlo dos Santos foi condenado a 11 anos e 11 meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro nesta segunda-feira pelo juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba. Argôlo está preso provisoriamente e a prisão cautelar foi mantida. Sua pena deverá ser cumprida em regime fechado e a progressão de regime foi condicionada ao ressarcimento de R$ 1,474 milhão, valor que, segundo as investigações, ele recebeu em propinas. Cabe recurso da sentença em instâncias superiores.

"Em um esquema criminoso de maxipropina e maxilavagem de dinheiro, é imprescindível a prisão cautelar para proteção da ordem pública, seja pela gravidade concreta dos crimes, seja para prevenir reiteração delitiva, incluindo a prática de novos atos de lavagem do produto do crime ainda não recuperado", afirmou Moro.

O juiz frisou que Argôlo, terceiro político a ser condenado na Operação Lava-Jato, foi eleito como suplente de deputado federal e, em liberdade, pode eventualmente assumir o mandato parlamentar, "o que seria intolerável".

"Não é possível que pessoa condenada por crimes possa exercer mandato parlamentar e a sociedade não deveria correr jamais o risco de ter criminosos como parlamentares", disse o juiz em sentença.

O ex-deputado foi absolvido pelos crimes de peculato na compra de um helicóptero pela GFD Investimentos, empresa do doleiro, por insuficiência de provas.

Os procuradores da Lava-Jato afirmaram, na denúncia à Justiça, que Argôlo criou uma relação mais próxima com Youssef do que outros parlamentares do PP. Por isso, Youssef tinha interesse especial na carreira do então deputado e, muitas vezes, repassava dinheiro diretamente para ele. As investigações mostraram 78 visitas do então deputado ao escritório do doleiro.

Ao depor a Moro, Argôlo afirmou que ia ao escritório de Youssef cobrar uma dívida pela venda de um terreno da família, que o doleiro sempre postergou e nunca pagou.

Na mesma ação, foi absolvido Rafael Ângulo Lopes, que fazia entregas de dinheiro para o doleiro Alberto Youssef.

O doleiro deixou de ser condenado por corrupção e lavagem de dinheiro porque já foi condenado pelos mesmos crimes em três outras ações julgadas na 13ª Vara Federal de Curitiba, assim como outro acusado, Carlos Alberto Pereira da Costa.

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