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Cidades Terça-feira, 14 de Julho de 2015, 06:30 - A | A

Terça-feira, 14 de Julho de 2015, 06h:30 - A | A

VÁRZEA GRANDE

Gestão de Walace deixa vencer quase 400 mil medicamentos

Os remédios terão que ser incinerados em outro Estado, porque MT não tem empresa especializada para este tipo de servisço

por Edina Araújo/VG Notícias

Enquanto a população reclamava por falta de medicamentos nas Policlínicas e Pronto-Socorro de Várzea Grande, o prefeito cassado Walace Guimarães (PMDB), deixou vencer 392.649 mil remédios, entre 2013 e 2014, apenas no Centro de Abastecimento e Distribuição de Medicamentos (CADIM), na rua Salim Nadaf. O VG Notícias recebeu denúncia e foi "in loco" e constatou com exclusividade a quantidade de medicamentos vencidos entre 2013 e março de 2015. Entre os remédios vencidos, constam alguns de 2011 e 2012. Clique Aqui e confira.

Além destes quase 400 mil medicamentos vencidos no CADIM, ainda há num depósito onde a Guarda Municipal recolhe motos e veículos apreendidos, sem nenhum cuidado de armazenamento, outra quantidade imensurável de remédios jogados. Se não bastassem os remédios vencidos, neste depósito constam ainda seis incubadoras de recém-nascidos jogados.

Na gestão do peemedebista foram comprados 50 mil unidades de soro Glicosado que vão vencer no primeiro semestre de 2016, sendo que pela média utilizada no município, daria para atender pelo menos mais 25 meses. Ou seja, ano que vem este medicamento irá vencer, pois foi comprado sem que haja demanda para a quantidade adquirida sem controle.

Para se ter uma ideia, o medicamento Curosurf indicado para tratamento de recém-nascidos prematuros com Síndrome de Desconforto Respiratório (SDR), que custa R$ 740 reais a preço de custo, conforme levantamento do VG Notícias, era comprado a R$ 800 reais pelo município, também deixaram vencer.

Entre os medicamentos vencidos, há uma grande quantidade de psicotrópicos carbamazepina, fluconazol e vários tipos de sondas, inclusive para nutrição, entre outras variedades de medicamentos.

Conforme servidor da CADIM,  não havia o menor controle dos remédios comprados, tampouco, a relação de consumo em cada unidade de saúde do município.

A compra era feita a “sete chaves”, e segundo informações, os servidores do Centro de Armazenamento e Distribuição dos medicamentos não tinham acesso à quantidade e tipo de remédio adquiridos pela Prefeitura.

“Os medicamentos chegavam, mas nós não ficávamos sabendo o critério de compra, uma vez que não existia controle para saber que tipo de remédio que cada unidade de saúde mais utilizava. Chegamos a apresentar ao ex-secretário Daoud o programa, planilhas, mas não virou em nada”, relatou o servidor.

De acordo com o superintendente do CADIM, Marcus Vinicius de Andrade, os medicamentos terão que ser incinerados, porque não tem como jogá-los em qualquer lugar. Ainda de acordo com o superintendente, o município terá que contratar uma empresa de Goiânia para incinerar.

“Vamos ter mais custos ainda. Em Mato Grosso não temos uma empresa especializada para este tipo de serviço. E precisamos incinerar logo, até porque não temos espaços suficientes para guardar estes remédios”, explicou Marcus.

Na gestão da prefeita Lucimar Campos (DEM), já houve compra de medicamentos, porém, está sendo implantado um sistema de controle para saber que tipo de remédio é mais usado em cada unidade de saúde e a quantidade, a fim de evitar desperdício e que os remédios vençam sem que a população tenha acesso.

2012 - Esse não é o primeiro caso de desperdício de medicamentos em Várzea Grande. Em 2012, na gestão de Tião da Zaeli (PSD), mais de 20 mil unidades de medicamentos vencidos tiveram que ser jogados fora, conforme também denunciado com exclusividade pelo VG Notícias. Clique e confira matéria relacionada.

Outro lado - A reportagem do VG Notícias tentou falar por meio do celular com o ex-prefeito Walace Guimarães sem êxito.

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