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ex-secretário, Pedro Elias de Mello
O ex-secretário de Administração do Estado, Pedro Elias de Mello, admitiu em depoimento nesta segunda-feira (29.08) a juíza Selma Rosane Arruda, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, que recebeu propina de empresários de Mato Grosso durante a gestão de Silval Barbosa (PMDB). O esquema faz parte da ação penal Sodoma.
O ex-gestor, que realizou delação premiada ao Ministério Público Estadual (MPE), disse que recebeu R$ 600 mil do empresário Willians Mischur para manter o contrato da sua empresa Consignum, e que desse valor repassou R$ 500 mil a Silval Barbosa, e ficou com R$ 100 mil.
Segundo ele, após o pagamento da propina foi lançada a licitação para gerenciamento dos empréstimos consignados, contrato que era administrada pela Consignum. Na época, Mischur disse que não pagaria mais propina ao Estado.
Elias disse, que nesse período, Silval repassou o contrato da empresa Consignum para o ex-deputado José Riva, e que ele intermediou uma reunião entre o então parlamentar e o empresário Willians Mischur para fechar um acordo.
Pedro revelou que Riva disse que tinha muitas dívidas de campanha e que a propina paga pela Consignum iria ajudar a quitá-las, e exigiu que a propina fosse paga a ele. Na reunião ficou decidido que Mischur pagaria R$ 50 mil para o ex-secretário, R$ 25 mil para o bacharel em Direito, Thiago Dorileo.
Pedro Elias disse que recebeu R$ 510 mil de propina da empresa WebTech, do empresário o Júlio Minori. O pagamento sendo ele foi de três parcelas de R$ 170 mil que eram repassados a Rodrigo Barbosa, filho do ex-governador.
O ex-secretário afirmou que já recebia propina quando era secretário-adjunto de SAD/MT, mas que nunca falou sobre o recebimento de propina com o secretário Francisco Faiad.
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