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Polícia Sexta-feira, 28 de Novembro de 2014, 13:55 - A | A

Sexta-feira, 28 de Novembro de 2014, 13h:55 - A | A

Operação Falsário

Diplomas falsos custavam de R$ 980 até 90 mil reais em Cuiabá; Empresário era líder da quadrilha

Entre os beneficiários da fraude estão pessoas de várias partes do Brasil, servidores públicos e até médicos, que compraram o diploma por cerca de R$ 90 mil. As escolas e faculdades envolvidas no esquema estão sendo investigadas.

da Redação com PJC/MT

Um esquema montado por uma organização criminosa cobrava de R$ 980 e até 90 mil, para emissão de diplomas e certificados falsos, em Mato Grosso, São Paulo e Minas Gerais.

Conforme a Polícia Judiciária Civil, a quadrilha foi desarticulada ontem (27.11) na operação Falsário, e as investigações apontam que uma média de 40 pedidos era recebidos ao mês no escritório da "Inovar Cursos Preparatório”.

Entre os beneficiários da fraude estão pessoas de várias partes do Brasil, servidores públicos e até médicos, que compraram o diploma por cerca de R$ 90 mil. As escolas e faculdades envolvidas no esquema estão sendo investigadas.

A operação cumpriu 56 ordens judiciais em Mato Grosso, São Paulo e Minas Gerais, sendo 10 mandados de prisão preventiva, 23 buscas e apreensão domiciliar e 23 três mandados de condução coercitiva.

Foram apreendidos cerca de 300 diplomas e certificados que ainda seriam entregues a "clientes", R$ 126 mil em dinheiro, 28 mil em cheques, além de notebooks e computadores, entre outros documentos.

"A priori pelas investigações da Polícia Civil há falsidade ideológica. O conteúdo dos documentos que é falso. Esses alunos não assistiam aula presencial. As assinatura prévias não eram feitas por eles. Eles apenas efetuavam o pagamento e recebiam em questão de um a dois meses o certificado", explicou a delegada Anamaria Machado Costa.

No município de Cáceres (225 km Oeste) está preso o chefe da quadrilha, em Mato Grosso, o empresário do ramo de laboratórios, Carlos Alexandre de Souza, mas era da sede do Inovar Cursos, em Cuiabá, que saiam a maior parte dos pedidos de diplomas falsos.

Na casa do empresário, a Polícia Civil apreendeu R$ 126 mil em dinheiro, 28 mil em cheques, notebook, celulares, certificados e diplomas, entre outros documentos, todos encaminhados à perícia.

De acordo com as investigações presididas pela delegada de São José dos Quatro Marcos (315 km a Oeste), Anamaria Machado Costa, o esquema funcionava da seguinte forma: o interessado procurava a Inovar e fazia matricula e acordo com o nível desejado, fundamental ou médio, ou os dois juntos, e efetuava o pagamento em cheques, sendo o valor unitário para fundamental ou médio, R$ 980 ou R$ 1,9 mil para os dois juntos.

Os valores poderiam ser parcelados, sendo uma entrada em dinheiro ou cheque e o restante em cinco vezes.

Além dos alunos que procuraram o cursinho, o empresário tinha outros "colaboradores", que captavam alunos, no interior de Mato Grosso e em outros estados do Brasil.

Os "colaboradores", que atuavam como intermediadores, remetiam a documentação dos "clientes" e o pagamento para o empresário, que providenciava o diploma falsificado de acordo com o nível de ensino desejado, em outra localidade, e cerca de 30 a 90 dias retornavam ao escritório em Cuiabá, e eram remetidos via ao membro da quadrilha, que entregava ao beneficiário. Muitos também buscavam na sede da Inovar ou recebiam por Sedex, a cobrar, pelos Correios.

Boa parte dos certificados emitidos no esquema da Inovar era do ensino médio, para ingresso em faculdades. Durante a operação, foram apreendidos 195 certificados e diplomas na sede da empresa em Cuiabá, três diplomas de Medicina, em Judiaí, São Paulo, além de outros certificados e documentos em municípios do interior de Mato Grosso e nos estados de São Paulo e Minas Gerais, totalizando cerca de 300 certificados e diplomas apreendidos durante a operação.

"Essa operação foi só a primeira etapa. Terá outras prisões.Todas as pessoas beneficiárias, comprovado o uso, poderão responder pela falsidade ideológica e os servidores públicos, além de penal responderão processo administrativo que pode levar a perda do cargo", finalizou a delegada Anamaria Machado.

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