Durante o encontro com o governador de Mato Grosso, Silval Barbosa (PMDB), nessa quinta-feira (13.03), o vereador Pery Taborelli (PV) – popular coronel Taborelli, cobrou atenção do governo do Estado - para a questão da segurança pública, em Várzea Grande, que está um caos. Taborelli disse ao governador, que a população recebe serviços de péssima qualidade no município - e isso interfere diretamente na questão da segurança pública.
“A falta de comprometimento do gestor público na área social, na educação e infraestrutura influenciam diretamente no aumento da violência no município. A educação quando ela está bem tratada, gera menos ocorrências, inclusive, começa dentro das escolas. Grupos de alunos utilizando substâncias entorpecentes e o professor ou diretor não vai naquele grupo porque tem medo, e se realmente for, ele não só será agredido no local, como será agredido fora da escola”, afirmou Taborelli.
De acordo com ele, existem três situações distintas - público interno, público externo e ações do Governo que são muito importantes. “Nós temos problemas tão sérios que estão fazendo com que a nossa tropa tenha medo de ir para o trabalho. Nós não temos a saúde para o policial, se ele for ferido, ele não tem para onde ir, e se for para o Pronto-Socorro de Várzea Grande ele vai morrer com infecção, com a falta de assistência, estamos em estado de guerra”, reclamou.
Segundo o parlamentar, o trabalho do policial militar está comprometido. “Se o policial ferir alguém, ele estará condenado, porque não tem dinheiro para pagar advogado, e não temos o apoio jurídico a nossa tropa. Isso interfere em muito ao atendimento na ocorrência. O policial, apesar de preparado, pensa em tudo isso, e inibe a atividade dele nas ruas. As horas trabalhadas estão desumanas, 12 horas para um policial militar, o tempo de atividade prestando atenção ao serviço é estressante. O salário se não é o pior do país, é um dos piores”, argumentou o pevista.
“Há ações do governo de Mato Grosso que estão atrapalhando a segurança pública, e prejudicando Várzea Grande. A mais gritante é mantermos a segurança pública dividida para duas cidades, e hoje quem perde é Várzea Grande”.
Conforme ele, só há um Instituto Médico Legal (IML) para duas cidades, uma delegacia de roubos e furtos de veículos para duas cidades, uma Central de Recebimento de Chamadas (CIOSP) para as duas cidades, um total de um, para duas cidades. “O problema não é do comandante geral, é do Estado que não dá estrutura para a segurança pública. O que o governo tem para Várzea Grande, a partir de agora? questionou o parlamentar.
Taborelli ainda cobrou do governador, a forma com que os policiais militares são promovidos. O vereador citou alguns nomes de oficiais ao governador, para exemplificar as promoções. “Os oficiais e praças trabalham até o final de carreira e não chegam ao posto máximo que almejam, pois as indicações políticas favorecem militares ligados ao governo do Estado e parlamentares da esfera federal e estadual. Isso desmotiva aqueles que se realmente trabalham. Isso é desestimulante para corporação”, defendeu.
Para finalizar, o vereador lamentou o silêncio do governador as suas reivindicações. “O silêncio do governador é lamentável, é uma nítida demonstração que a população não pode esperar nada deste governo. Em nome da Copa do Mundo, deixou o Estado de Mato Grosso em último plano. Este governo gastou milhões em propaganda enganosa, enganou a sociedade, porque as obras não ficaram todas prontas, nem o tão propagado VLT. O grande legado que este governo vai deixar a sociedade mato-grossense é a dívida incalculável, que vão sair do bolso do trabalhador”, finalizou Pery Taborelli.
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