As estradas paulistas tiveram o carnaval mais violento dos últimos quatro anos, com 37 mortes entre sexta-feira (28.02) e quarta-feira (05). O Estado de São Paulo não tinha tantos acidentes fatais desde 2010, quando 41 pessoas haviam morrido em acidentes durante o carnaval. O aumento foi de 37% em relação ao ano passado, quando foram registradas 27 mortes. O resultado negativo ocorre depois de uma queda 69% no número de blitze da lei seca feitas pela Polícia Militar.
Também cresceu o total de acidentes, que passaram de 864 no ano passado para 965 neste ano (mais 11,7%) e, consequentemente, o número de pessoas feridas por causas das colisões, quedas e atropelamentos, que somaram 550 vítimas neste carnaval, contra 445 em 2013 - crescimento de 23,6% na comparação entre os dois feriados prolongados.
A Polícia Militar Rodoviária culpou, em nota, o aumento de atropelamentos para justificar resultado tão negativo. "As principais causas para essa elevação do número de mortes foram os atropelamentos de pedestres e os acidentes envolvendo motocicletas, que somados corresponderam ao total de 25 mortes nesta Operação Carnaval, ou seja, 67,5% do total", diz a corporação, em texto divulgado nesta quarta.
Segundo os dados da PM, a maior parte desses atropelamentos ocorreu no período da noite. O "motivo determinante" das mortes, ainda de acordo com a polícia, foi "a falta de prudência de alguns pedestres na utilização e travessia das rodovias, deixando de fazer uso de locais adequados, como as passarelas", diz o texto.
Apesar de a PM informar ter flagrado 895 motoristas embriagados neste carnaval, a corporação não informou se há dados sobre a embriaguez das pessoas envolvidas nos acidentes.
Também no caso dos motociclistas, a PM atribuiu a responsabilidade pelos acidentes às próprias vítimas. "Já em relação aos acidentes envolvendo motocicletas, constatou-se a inobservância das regras gerais de circulação e condutas seguras nas realizações das manobras de ultrapassagens", informa texto da corporação.
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