O programa do Governo Federal ‘Mais Médicos’ continua dando o que falar na Câmara de Várzea Grande.

Apesar de ter aprovado esta semana um projeto de lei que autoriza o Poder Executivo a pagar auxílio moradia e alimentação aos médicos do programa federal, que vão trabalhar no município, parlamentares defendem que a cidade não precisa ampliar o quadro de profissionais na rede municipal de Saúde e sim melhorar a condição de trabalho dos médicos que já trabalham em Várzea Grande.

“Continuo contra o programa “Mais Médicos”, porque Várzea Grande não precisa de mais profissionais, precisa de condição de trabalho para o pessoal da área de saúde, esse precisa”, disse o vereador João Tertuliano (DEM).

Segundo o vereador Pery Taborelli (PV) o município não necessita de trazer médicos de fora para atender aqui, precisa primeiro fazer uma vistoria nas unidades de saúde da cidade para saber se os médicos que hoje atendem na rede municipal, estão cumprido a carga horária de trabalho e trabalhando conforme prevê os seus contratos.

“Alguém já se preocupou em saber se os nossos médicos estão trabalhando dentro da carga horária e conforme o contrato? Eu creio que não. Porque as vezes que eu fui ao Pronto-Socorro quando tinha três, um segurava para dois. Se nós colocarmos 100 médicos aqui, vai acontecer a mesma coisa. Não vai aumentar a capacidade de atendimento, vai aumentar a capacidade de folga dos médicos”, declarou Taborelli.

Atualmente em Várzea Grande, muitas pessoas reclamam da falta de atendimento no Pronto-Socorro municipal e nos postos de saúde, por falta de médicos, principalmente pediatras.

A reportagem do VG Notícias já recebeu inúmeras denúncias de falta de pediatra nas policlínicas da cidade. Mães relatam que chegam bem cedo nas policlínicas em busca de atendimento e ficam por cerca de 4 horas aguardando para serem chamadas. Muitas delas não conseguem ser atendidas por falta de ficha, ou porque a pediatra deixou de comparecer na unidade de saúde.

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