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Cidades Quarta-feira, 14 de Agosto de 2013, 11:34 - A | A

Quarta-feira, 14 de Agosto de 2013, 11h:34 - A | A

SEM-TETO

80 famílias protestaram nesta quarta (14) em a frente a Prefeitura de VG contra ação de despejo do município

O protesto aconteceu sob palavras de ordem; “Cadê o meu voto?”, “Walace cadê você e vim aqui para resolver”, “Queremos casa”.

por Lucione Nazareth/VG Notícias

Aproximadamente 80 famílias realizaram protesto na Prefeitura Municipal na manhã desta quarta-feira (14.08), cobrando do prefeito Walace Guimarães (PMDB) a doação de uma área de 20 hectares, localizada entre os bairros Mapim e Jardim Esmeralda – nas proximidades da fábrica Coca-cola.

As famílias reivindicam que o local seja repassado para eles, já que a área é ocupada por mais de sete anos e os moradores contribuíram para que a região diminuísse em número de violência urbana: como assaltos, tráfico de drogas e outros. Os moradores alegam que o local ocupado foi abandonado há cerca de 20 anos por uma madeireira que funcionava na cidade.

O protesto aconteceu sob palavras de ordem; “Cadê o meu voto?”, “Walace cadê você e vim aqui para resolver”, “Queremos casa”. Eles ainda levaram faixas e cartazes com os dizeres: “Queremos casa para morar”, “Olhe por nós Walace”.

Segundo a moradora, Bruna Jeanny Silva da Costa, eles receberam na última semana uma notificação por parte da Prefeitura de Várzea Grande para desocupar o local em no máximo cinco dias, mas garantiram que não irão deixar a área, já que muitos não têm para onde ir.

“Em 2000 a empresa que se dizia ser dona da área foi lá e nos tirou do local. Nós voltamos limpamos o lugar e construirmos as nossas casas, mas em 2004 eles voltaram e nos retiraram novamente. Novamente voltamos, sendo que o local estava como refugio de bandido, estupradores e desova de motos, carros, limpamos a área e agora a Prefeitura quer nos retirar. Mas desta vez não vamos sair, vamos ficar lá e todos estamos preparados para lutar pelas nossas casas”, declarou a moradora.

O advogado das famílias, Vilson Nery, disse que a Prefeitura alega que a área está penhorada em processo trabalhista, já que a antiga empresa (madeireira) deve cerca de R$ 6 milhões de IPTU para a Prefeitura de Várzea Grande.

“Eles doaram uma área na região do Ipase que estava penhorada em processo trabalhista também, e a Prefeitura doou este local para o Poder Público para que fosse construído o Tribunal Regional do Trabalho. Porque não doar a área para estas famílias que necessitam muito mais, isso que queremos saber do Poder Executivo municipal”, destacou.

Segundo ele, as famílias já pediram uma reunião com Walace, mas não foram atendidos. “Existe um descaso com estas famílias por parte da Prefeitura que demonstra o interesse em não resolver o problema”, frisou o advogado.

Conforme o advogado, das 300 famílias que estão residindo na região – o qual a prefeitura pede o desocupamento, tem a até o fim desta semana para sair do local, sob o risco de serem desalojados por meio de força policial.

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