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Polícia Segunda-feira, 05 de Agosto de 2013, 09:40 - A | A

Segunda-feira, 05 de Agosto de 2013, 09h:40 - A | A

Empresário irá a júri nesta semana em Cuiabá acusado de mandar matar filho

Júri está marcado para esta terça-feira (6), no Fórum de Cuiabá.

do G1 MT

O empresário Silas Caetano de Farias, de 73 anos, voltará ao banco dos réus na terça-feira (06.08) pela terceira vez para ser julgado pelo Tribunal do Júri, em Cuiabá, pela morte do filho dele, Érico Pufal de Farias, em 2006. O julgamento está previsto para começar às 8h, no Fórum da capital. Ele já foi condenado a 13 anos de prisão, que está sendo cumprido em regime domiciliar devido a problemas de saúde, pelo assassinato de um enteado dele. Em outro julgamento, no final do ano passado, ele foi absolvido pelo júri.

O G1 tentou contato com a defesa do acusado, ontem (04.08), porém, o advogado não atendeu as ligações. Porém, no  processo, negou qualquer envolvimento ou participação do empresário no crime, alegando não passar de invenção de uma testemunha, "tachada como pessoa sem índole alguma para prestar depoimento, além da demonstração de desequilíbrio e da intenção de lhe prejudicar". Essa testemunha msobreviveu a um atentado supostamente ocorrido a mando do acusado.

Durante o julgamento, cinco testemunhas de acusação arroladas no processo pelo Ministério Público Estadual (MPE) devem prestar depoimento, entre elas a mãe da vítima e ex-mulher do acusado; a mãe de outro filho do acusado que teria sofrido atentado e sobrevivido após ser atingido por vários disparos de arma de fogo, além de um escrivão da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que participou das primeiras investigações sobre o caso. Outras duas de defesa também devem depor.

A vítima teria sido morto supostamente a mando do pai como "queima de arquivo", já que teria testemunhado outros dois crimes do qual o empresário era suspeito, porém, já foi inocentado por um deles. Érico Pufal foi assassinado a tiros, na frente de um restaurante, localizado na Avenida Mato Grosso, no dia 12 de maio, por dois homens que estavam em uma motocicleta, supostamente contratados pelo empresário para a execução da vítima. Primeiro, foi atingido na cabeça e depois que caiu no chão levou mais quatro tiros nas costas.

O empresário passou a ser investigado pela morte de Érico e de outros dois filhos ilegítimos depois do atentado sofrido por Jassan Thiago Rosa Jorge, de 33 anos, também filho do acusado, mas que não teria comprovado a paternidade, como alega a defesa do empresário. Ainda no hospital ao se recuperar dos ferimentos causados pelos disparos de arma de fogo, Jassan contou à polícia, em 2009, como o crime tinha ocorrido e ainda acusou o réu de mandar matar os outros três filhos e um sócio.

Após essas denúncias e investigação, o empresário foi preso em 2011, apesar do mandado de prisão ter sido expedido em 2011. Isso depois de chamar a polícia denunciando que Jassan havia invadido uma chácara dele, no bairro Ribeirão do Lipa, em Cuiabá. "Lá na Delegacia a polícia viu que havia um mandado de prisão em aberto contra ele [ Silas] desde 2009", contou Dirce Rosa, mãe de Jassan. O acusado ficou cinco meses preso na Penitenciária Central do Estado, antigo presídio do Pascoal Ramos, na capital, e depois conseguiu a liberdade porque estaria com a saúde debilitada. Após a condenação, porém, começou a cumprir pena em regime fechado e depois foi para casa, onde também cumpre prisão domiciliar.

O crime pelo qual o empresário já foi condenado ocorreu em 2005. A vítima, Jorge Luiz Pufal Salomão, irmão de Érico Pufal de Farias e enteado do acusado, foi encontrado morto próximo à Ponte de Ferro, em Cuiabá. Ele teria adiantado a algumas pessoas próximas que se algo de ruim lhe acontecesse o responsável seria o pai e escreveu uma carta. No entanto, a defesa do acusado alegou que a carta não teria sido escrita pela vítima.

Ao denunciar o empresário pela morte de Érico, o MPE pontuou que pai e filho tinham se desentendido e que a vítima ameaçou denunciar as atividades criminosas da suposta quadrilha comandada pelo acusado, principalmente o tráfico de drogas. "O acusado era contumaz delinquente, uma vez que cometia com frequência diversas espécies de delitos, especialmente o tráfico de drogas", diz trecho da denúncia, ao frisar ainda que o crime ocorreu por motivo de vingança. "Em razão disso, com a intenção de se vingar e, concomitantemente, promover o que se chama popularmente de queima de arquivo, o denunciado contratou, ao que parece mediante paga, aqueles dois indivíduos, por ora não identificados, para executarem o assassinato do ofendido Érico, como de fato executaram", completou.

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