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Cidades Segunda-feira, 20 de Abril de 2015, 16:00 - A | A

Segunda-feira, 20 de Abril de 2015, 16h:00 - A | A

Desgovernado

Médico abandona Pronto-Socorro de VG e vai à polícia registrar BO; Empresa afirma que médico da rede não cumpre plantão

A empresa afirma que já notificou a Prefeitura três vezes a respeito das faltas do médico Elber. E nenhuma atitude foi tomada.

por Edina Araújo/VG Notícias

“O Pronto-Socorro de Várzea Grande nunca esteve tão ruim quanto agora. Este é pior momento do Pronto-Socorro”, disse um dos médicos plantonistas, à reportagem do VG Notícias, porém, solicitou que não fosse identificado a fim de evitar perseguição.

Segundo ele, por falta de investimento e comprometimento, a unidade de saúde está abarrotada de pacientes, que deveriam ser atendidos nas Policlínicas e UPAS - e não no Pronto-Socorro que tem a finalidade de atender apenas urgência e emergência. Para se ter uma ideia, disse o médico, os exames laboratoriais que ficavam prontos no máximo em duas horas, agora demoram em média dois dias, por conta da demanda.

Além do excesso de pacientes, a unidade está abandonada. Segundo ele, quando a primeira-dama, médica Jaqueline Guimarães assumiu a Secretaria Municipal de Saúde, disse aos servidores na oportunidade, que “não sabia se iria reformar ou iria derrubar toda unidade para fazer outra”. No entanto, conforme o médico, Jaqueline não fez absolutamente nada, e o Pronto-Socorro está pior ainda. “Os corredores estão cheios de buracos, que quando coloca o paciente na maca, dá pena de tanto solavancos que leva, ele não reclama porque precisa”, pontuou. Veja foto final da matéria.

Nesta segunda-feira (20.04), três plantonistas estão atendendo na unidade de saúde, sendo dois médicos do quadro de servidores (Hélio Jacob e Oderlino Rodrigues Godoy) e a médica Michelle Maria Alcântara, contratada pela empresa Guarujá Serviços Médicos LTDA – ME – atual Pro Saúde Serviços Médicos, que venceu “Pregão Presencial” 30/2014, com vigência de 12 meses, homologado em 06 de outubro de 2014, por quase R$ 8 milhões ao ano. Porém, a prefeitura está com o pagamento atrasado. Ao mês, com a UPA do Ipase o valor chegaria a R$ R$ 644.800 mil, mas como não está pronta, a empresa fatura apenas com o Pornto-Socorro em média R$ 270 mil.

Desencontro de informação – Nesse domingo (19.04), o médico Luiz W. de Lima Gusmão, contratado da empresa Pro Saúde, registrou Boletim de Ocorrência (BO) porque estava sozinho no Plantão.

A reportagem do VG Notícias falou com o secretário de Saúde, Daoud Abdalah, que disse desconhecer que o médico havia registro o BO, e que o atendimento transcorreu normalmente na unidade de saúde. Ele informou ainda, que um dos médicos do plantão, Elber realmente faltou, mas que a empresa repôs mandando outro profissional.

Já o diretor administrativo do Pronto-Socorro, Itamar Lourenço, confirmou que Gusmão registrou o BO, ele justificou que o médico Elber do quadro de servidores da Prefeitura faltou ao trabalho. Irritado, Luiz Gusmão teria deixado o plantão por volta das 13 horas para ir à delegacia e não retornou a unidade. O diretor disse que vai notificar a empresa e não quer mais o médico atendendo no Pronto-Socorro.

Quanto à falta de pagamento para empresa, Itamar Lourenço também confirmou, mas atribuiu a culpa a própria Pro Saúde, alegando que a contratada não têm certidão negativa, por conta disso a Prefeitura não efetuou o pagamento.

Outro lado – A reportagem do VG Notícias conversou na manhã desta segunda-feira (20.04), com o proprietário da Pro Saúde, Antonino Aparecido Gonzales e ele disse que o médico realmente fez BO, e classificou a atitude de Gusmão como “Má-fé” por ter abandonado o plantão. “Ele tem que fazer o serviço dele. Não tem que se preocupar se o médico da rede foi ou não trabalhar. Pra mim ele agiu de má-fé”.

Sobre a falta de pagamento, Gonzales confirmou que a Prefeitura está com os pagamentos atrasados e negou que seja problema com certidão negativa.

“Estamos com todas as certidões negativas. O problema é que não estão cumprindo o contrato mesmo. Inclusive vou ter que buscar dinheiro fora para honrar com os compromissos”, relatou a reportagem.

Quanto ao valor devido, Márcia, administradora da empresa, explicou que a Prefeitura está com o pagamento de fevereiro atrasado em 50 dias, mas que a Pro Saúde pagou os médicos com recursos próprios na sexta-feira (17.04). Ela também desmentiu o diretor administrativo Itamar Lourenço, quanto a certidões negativas. Márcia disse que as certidões estão em dia e a validade é até junho de 2015. O valor do pagamento é de R$ 260 mil, referente a 230 plantões mês.

“As certidões estão anexadas à nota fiscal. Está tudo em ordem”, afirmou.

Sobre o médico que deixou o plantão, a administradora disse que ele não ficou no plantão por ter sido ameaçado por um acompanhante de paciente.

“O médico Elber chegou pela manhã e disse que iria apenas olhar um paciente e não iria ficar no plantão. Não é a primeira vez que ele faz isso. Nenhum médico da empresa quer tirar plantão com ele. Já notificamos a Secretaria três vezes sobre isso, e até o momento nenhuma atitude foi tomada”, finalizou.

 

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