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Cidades Terça-feira, 18 de Junho de 2013, 10:26 - A | A

Terça-feira, 18 de Junho de 2013, 10h:26 - A | A

Manifestantes tomam café e varrem frente do Palácio dos Bandeirantes

Cerca de 30 pessoas seguiam nesta manhã em frente à sede do governo.

do G1 SP

Cerca de 30 manifestantes organizaram um café da manhã nesta terça-feira (18.06) em frente ao Palácio dos Bandeirantes, no Morumbi, na Zona Sul de São Paulo. O clima era tranquilo em frente à portaria 2, onde eles se concentram. Eles chegaram a varrer a frente da sede do governo onde ainda havia sujeira que sobrou do conflito ocorrido na noite de segunda-feira (17). A polícia acompanha o ato à distância.

O Palácio dos Bandeirantes foi o único ponto que registrou tumulto durante a manifestação que reuniu cerca de 65 mil pessoas em São Paulo. Um grupo conseguiu arrombar a portaria 2 do Palácio dos Bandeirantes por volta das 23h. A polícia reagiu com bombas de efeito moral e gás de pimenta. Após a situação se acalmar, o grupo decidiu passar a noite em frente ao palácio.

A Avenida Morumbi, que passa em frente ao Palácio dos Bandeirantes, segue parcialmente bloqueada nesta manhã. Segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), a via está interditada no sentido Morumbi. Devido ao bloqueio, a CET montou uma faixa reversível. Para o motorista que seguia na direção do Aeroporto de Congonhas, a companhia indicava um desvio pela Avenida Giovanni Gronchi, passando pela Praça Roberto Gomes Pedrosa e pelas avenidas Jules Rimet e Padre Lebret. O tráfego era intenso na região por volta das 11h.

Os manifestantes ajudam a organizar o trânsito em frente ao Palácio e pedem para os motoristas buzinarem em apoio ao protesto. Eles disseram ao G1 que não esperam ser recebidos pelo governador Geraldo Alckmin, mas que têm a expectativa de que outras pessoas venham reforçar o bloqueio.

O grupo não descarta a possibilidade de caminhar até a sede da Assembleia Legislativa de São Paulo, na região do Ibirapuera. Nesta manhã de terça-feira, manifestantes participam de encontro com o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, durante sessão extraordinária do Conselho da Cidade.

A engenheira civil Maristela Reis, do Grupo Moradores do Morumbi, passou em frente ao palácio e parou para conversar com os manifestantes. "Vim dar o apoio do grupo ao movimento. Tenho 15 minutos e vim me solidarizar. Nosso grupo sempre protestou por mais segurança, menos violência e contra a PEC 37 (que limita o poder de investigação do Ministério Público)", afirmou.

Vassoura emprestada - As pessoas que permaneceram em frente ao palácio ainda carregavam os cartazes do protesto. Uma fogueira foi feita durante a madrugada na Avenida Morumbi, que passa em frente ao edifício. Nesta manhã, era possível ver pichações nos muros externos da sede do governo e no asfalto, todas relacionadas ao aumento das tarifas do transporte urbano. Um grupo varria o chão onde ainda havia sujeira do ato. A vassoura foi emprestada por funcionários do palácio, segundo os manifestantes. Nesta manhã, os muros do palácio começaram a ser pintados para apagar as pichações e o muro derrubando na noite anterior era reparado.

A estudante de veterinária Agnes Ferreira, 21, saiu às 17h da Avenida Faria Lima, na Zona Oeste da capital paulista e caminhou até a sede do governo. "Resistimos aqui. Jogaram cinco bombas na gente. Também deram dois tiros de bala de borracha", afirmou.

 

O major Alberto Sardilli, do Departamento de Segurança da Casa Militar, conversou com manifestantes que permaneciam em frente à sede do governo. "Eles [os manifestantes] podem ficar a vontade aí", declarou.

Avaliação do governo - A avaliação do governo do estado é que a estratégia de estabelecer um diálogo entre a Secretaria de Segurança e os líderes do movimento funcionou com perfeição, resultando em uma manifestação tranquila em praticamente todo o trajeto, informou o Bom Dia São Paulo.

Segundo o Palácio dos Bandeirantes, fracassou a tentativa de uma minoria de usar ações violentas para criar distúrbios e desvirtuar a manifestação.

Após o confronto entre manifestantes e policiais militares na noite da última quinta-feira (13), o secretário de Segurança Pública, Fernando Grella, anunciou no domingo (16) a mudança nos procedimentos para acompanhar os protestos. O uso de balas de borrachas foi descartado assim como a mobilização da Tropa de Choque. A PM foi orientada a agir, durante as manifestações, somente em caso de provocação e vandalismo.

O governo do estado disse que reconhece que o protesto a cada dia ganha força e que espera os acontecimentos para compreender a demanda dos manifestantes. Com relação à tarifa da passagem do Metrô, a princípio, ela não cai e segue em R$ 3,20.

Confronto - A sede do governo paulista foi um dos destinos dos manifestantes na última segunda. O quinto dia de protestos começou com a reunião de milhares de manifestantes no fim da tarde, no Largo da Batata. Uma parte do grupo esteve na Avenida Paulista e outra, na Assembleia Legislativa, onde não foram registrados incidentes.

Ao menos 3 mil pessoas chegaram ao Palácio dos Bandeirantes, de acordo com balanço da polícia às 22h.

O tumulto começou cerca de uma hora e trinta minutos depois de a passeata chegar ao local. Sob gritos de "o Palácio é nosso", os manifestantes pediam para que a entrada fosse liberada. A polícia apenas acompanhava, do lado interno.

Ainda antes do portão ser arrombado, rojões foram jogados pelos manifestantes e a entrada foi forçada. Neste momento, líderes do movimento tentavam pedir calma ao grupo. Em conversa com um representante da PM, chegou a ficar acordado que uma comissão seria recebida no Palácio.

Entretanto, a negociação não foi concretizada. Parte do grupo discordava do combinado e forçou a entrada, arrombando o portão.

A PM reagiu lançando bombas e conseguiu dispersar o grupo e fechar a portaria. Por volta das 23h30, jovens interditavam uma das esquinas da Avenida Morumbi com uma fogueira e foram dispersados pela PM com bombas.

Nas imediações, um ônibus teve um vidro quebrado e foi pichado. Xingamentos contra o governador e palavras de ordem foram pichadas no portão 2. Cerca de meia hora depois do tumulto, novamente manifestantes se concentraram em frente à portaria do Palácio, onde também acenderam uma fogueira.

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