Durante interrogatório na Comarca de Alto Taquari (479 km ao Sul de Cuiabá) Evanderly de Oliveira Lima, acusado de assassinar a juíza Glauciane Melo, afirmou que se arrependeu e que não se lembra de muitos detalhes do crime. Ele relatou que no dia do assassinato tinha ido até o fórum para conversar com a magistrada, pois não concordava com a separação e queria reatar o casamento.
O acusado relatou também, que pensou em se entregar, mas ficou com medo de morrer por conta do cerco policial. Todas as informações foram repassadas informalmente, pois Lima utilizou seu direito de permanecer calado e só falar em juízo. O interrogatório foi realizado pelo delegado da Polícia Judiciária Civil, Arnaldo Agostinho Sottani.
Evanderly Lima foi preso na manhã desta segunda-feira (14.06), depois de ficar três dias escondido em uma mata nas redondezas de Alto Taquari. De acordo com o delegado, o acusado já foi bombeiro militar em Minas Gerais e tem curso de socorrista e treinamento de sobrevivência na mata, por isso tinha condições de permanecer escondido por todos esses dias.
Desde a sexta-feira passada, quando atirou na juíza Glauciane Melo, ele estava foragido. Durante três dias, Lima permaneceu na mata, utilizando roupa camuflada e capim seco para se encobrir durante o dia. Durante a noite ele andava para e andando à noite para não ser localizado pelos policiais que faziam o cerco.
Preso na manhã desta segunda-feira (14.06), Evanderly Lima foi autuado em flagrante por homicídio qualificado com motivação torpe, isto é, sem oferecer direito de defesa da vítima. Ele será transferido para Cuiabá e deve ser enviado para a Polinter em Cuiabá, ficando recolhido no anexo II, da Penitenciária Central do Estado (PCE).
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