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Política Sexta-feira, 09 de Janeiro de 2015, 15:43 - A | A

Sexta-feira, 09 de Janeiro de 2015, 15h:43 - A | A

Denúncia

Assembleia Legislativa de Mato Grosso também fazia esquema com Gráficas, segundo denúncia

“Os deputados tinham crédito nas gráficas e ajudavam seus partidos no interior do Estado, tudo pago pela Assembleia para favorecer seus apaninguados políticos”, contou denunciante.

por Edina Araújo & Lucione Nazareth/VG Notícias

O esquema envolvendo gráficas em Mato Grosso não ficou apenas em nível da gestão do ex-governador Silval Barbosa (PMDB), mas também na Assembleia Legislativa do Estado, conforme denúncia feita ao Ministério Público e que a reportagem do VG Notícias teve acesso. Clique aqui e confira matéria relacionada.

Conforme a denúncia, a Assembleia Legislativa aderiu o pregão presencial 093/2011, realizado pela Secretaria de Estado de Administração (SAD), alvo da operação intitulada “Edição Extra” desencadeada pela Delegacia Fazendária, em 18 de dezembro de 2014, que levou à prisão ex-secretários adjuntos de Silval e os donos da gráfica Print, que seriam “os cabeças” do esquema, conforme denúncia. Clique aqui e confira matéria relacionada.

A Assembleia aderiu mais de R$ 20 milhões com apenas cinco gráficas das 12 envolvidas no esquema no governo Silval. Ainda conforme denúncia, a adesão da AL/MT não especifica preços, apenas constam os números dos lotes aderidos. Somente com a Gráfica Print, segundo denúncia era quem comandava o esquema e rateava os lotes, foram R$ 13 milhões.

“Os deputados tinham crédito nas gráficas e ajudavam seus partidos no interior do Estado, tudo pago pela Assembleia para favorecer seus apaninguados políticos”, contou denunciante.

Se não bastasse a adesão, destacou a fonte, na eleição de 2012, nova licitação foi feita pela AL/MT, neste mesmo esquema. Só que desta vez, foram mais de R$ 36 milhões para materiais gráficos. Segundo a denúncia, um participante confidenciou que foi convidado para um jantar em comemoração a licitação.

“Tanto no governo quanto na Assembleia, a distribuição dos lotes eram direto com o Dalmi da Print, foi ele quem distribuiu os lotes, na própria Print, o dia da licitação foi só um teatro. No resultado da licitação da Assembleia foram até jantar pra comemorar”, revelou a fonte ao VG Notícias.

Outro Lado - Em entrevista ao VG Notícias, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado José Riva (PSD) afirmou que as denúncias são infundadas e quem está denunciando não tem conhecimento das demandas do Legislativo estadual e muito menos compromisso com a verdade.

“A pessoa que fala isso não sabe das demandas da Assembleia Legislativa e nem conhece o órgão. A Assembleia é o órgão que mais usa material gráfico do Estado e tudo é realizado de maneira lícita. Tudo que usamos, pagamos para as gráficas. Não tem desvio. Denunciar é a coisa mais fácil do mundo, eu quero ver é essa pessoa provar o que diz”, disse o social-democrata.

Embora o presidente da Assembleia, deputado José Riva, tenha argumentado que o órgão fez uso de todo material no valor de R$ 36 milhões, e que foram gastos lícitos, existe uma disparidade entre os valores  pagos pela AL e o valor do papel gouchê que as gráficas utilizam. Para se ter uma ideia, uma carreta de papel gouchê, correpondente a 25 toneladas e custa em torno de R$ 80 a 100 mil. Quantas carretas dariam para comprar, por exemplo, R$ 36 milhões? São valores expressivos e devem ser investigados para que o legislativo estadual preste contas à sociedade com mais transparência.

Confira abaixo publicação do Diário Oficial, mas não constam valores especificados.



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