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Economia Quarta-feira, 28 de Novembro de 2012, 08:18 - A | A

Quarta-feira, 28 de Novembro de 2012, 08h:18 - A | A

Mercado aposta na manutenção do juro no último Copom do ano

No último Copom do ano, consenso do mercado é de manutenção do juro

G1.com

Para a última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) deste ano, que termina nesta quarta-feira (28), a aposta dos analistas do mercado financeiro é que o ciclo de corte da taxa básica de juros da economia brasileira chegará ao seu fim.

Após dez reuniões seguidas reduzindo a Selic, o mercado prevê que o Banco Central irá interromper este processo de redução iniciado em agosto de 2011 e manter os juros nos atuais 7,25% ao ano – na mínima histórica. A decisão sobre o nível da taxa de juros será conhecida após as 18h.

A percepção do mercado de que os juros serão mantidos no Copom deste mês se deve à uma indicação do próprio Banco Central. Na ata do último encontro do Comitê de Política Monetária, realizada em outubro, o BC informou que o corte de juros realizado naquele mês deveria ser o "último" do ciclo – sugerindo que novas reduções não estavam nos planos. Informou ainda que os juros deveriam permanecer estáveis por um período "suficientemente prolongado" de tempo.

A previsão dos analistas é que a taxa básica continuará estável no atual patamar de 7,25% ao ano, pelo menos, até o final de 2013. A aposta dos economistas dos bancos é que os juros serão novamente alterados somente em janeiro de 2014 – quando avançariam para 7,75% ao ano.

Sistema de metas de inflação

Pelo sistema de metas que vigora no Brasil, o BC tem de calibrar os juros para atingir as metas pré-estabelecidas, tendo por base o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Ao subir os juros, o BC atua para controlar a inflação e, ao baixá-los, julga, teoricamente, que a inflação está compatível com a meta.

Para 2012, 2013 e 2014, a meta central de inflação é de 4,5%, com um intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Deste modo, o IPCA pode ficar entre 2,5% e 6,5% sem que a meta seja formalmente descumprida.

Neste momento, o BC já está fixando a taxa básica de juros com base no cenário inflacionário esperado para o próximo ano. Isso porque movimentos nos juros básicos demoram cerca de seis meses para terem impacto pleno na economia.

Mesmo com o fim do ciclo de corte de juros nesta semana, o mercado financeiro não acredita que o Banco Central conseguirá atingir a meta central de inflação em 2013. A previsão da maior parte dos economistas dos bancos é de que o IPCA deverá somar 5,40% no próximo ano, bem acima da meta central de 4,5%, mas dentro do intervalo de tolerância de dois pontos percentuais.

Crise externa

O economista-chefe da Mauá Investimentos, Rodrigo Melo, lembra que o BC está trabalhando com inflação próxima de 5% para 2013, conforme informação do último relatório de inflação, com um "balanço de riscos favorável" por conta da crise financeira internacional - que tende a gerar um crescimento mundial menor, o que contribui para menos pressões inflacionárias.

"Este mês, o Copom está sem graça, com previsão de manutenção dos juros [por quase todo mercado financeiro]. Isso pode acontecer por um 'período suficientemente prolongado' de termpo, como indicou o BC. No curto prazo, em termos de política monetária [definição de juros], não deve ter mudanças nos juros", avaliou Melo, da Mauá Investimentos.

Segundo ele, o crescimento do PIB, em 2013, deve ficar abaixo de 3,5%, e não acima de 4% como vem estimando o ministro da Fazenda, Guido Mantega. "Pode ter surpresa para baixo no crescimento do ano que vem, e o BC poderia voltar a cortar os juros em 2013. Mas ainda trabalhamos, até o momento, com o cenário básico de manutenção dos juros em todo ano que vem", declarou.

De acordo com a análise do economista, os investimentos teriam de crescer entre 6% e 8%, em 2013 para sustentar o crescimento do PIB da ordem de 4% estimado pelo governo federal. "Há essa dúvida sobre os investimentos, que mostraram ligeira melhora na margem, nas consultas do BNDES, mas que, quando você abre isso [detalha], também não encontra grande aceleração", concluiu Rodrigo Melo.

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