O menor aumento nos preços do cigarro contribuiu para a desaceleração na inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em maio. No entanto, o item ainda exerceu o maior impacto do mês, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A contribuição do cigarro para o IPCA de maio foi de 0,04 ponto porcentual. A alta no preço do item passou de 15,04% em abril para 4,64% em maio. O resultado reflete os reajustes praticados em abril, combinados com recuos nos novos preços ocorridos em maio, apontou o IBGE.

O item contribuiu ainda para o resultado do grupo Despesas Pessoais, que desacelerou de uma variação de 2,23% em abril para 0,60% em maio. Também influenciaram a variação menor do grupo o item empregados domésticos, que subiu 0,66% em maio após uma alta de 1,86% em abril.

Passagens aéreas ficam 10% mais baratas: As passagens aéreas tiveram redução de 10,85% nas tarifas em maio, o que resultou no principal impacto negativo na inflação de 0,36% apurada pelo IPCA do mês, informou o IBGE.

A contribuição do item foi de -0,06 ponto porcentual em maio, o que contribuiu também para a deflação no grupo Transportes, que teve variação de -0,58% em maio após uma alta de 0,10% em abril.

Além das passagens aéreas, outros itens também registraram importante redução de preços, com destaque para os automóveis usados (de 0,38% em abril para -1,40% em maio), etanol (de 0,81% para -1,34%) e gasolina (de -0,27% para -0,52%).

Na direção oposta, ficaram mais caros o seguro voluntário para veículo (de 1,14% para 1,67%) e o táxi (1,44% para 1,16%).