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Artigos Segunda-feira, 11 de Julho de 2016, 16:04 - A | A

Segunda-feira, 11 de Julho de 2016, 16h:04 - A | A

Eleições 2016

Fim do político profissional

Talvez o Brasil esteja passando por um dos momentos mais conturbados de toda sua historia

por Rodrigo Araújo*

Talvez o Brasil esteja passando por um dos momentos mais conturbados de toda sua historia, pois, depois de muito tempo, resolveu romper com o paradigma de que a corrupção não tem remédio.

O que nos chama atenção, é que em todos os escândalos de corrupção, sempre há a presença do político profissional, que exerce mandato na esfera federal, estadual ou municipal, há anos e tem a política como meio de sobrevivência.

Conhecedores dos “atalhos” cobram “comissão” para intervir em favor de empresários, proposição de emendas, obras, serviços, enfim, ganham em tudo e lesam o erário, pois, tem que garantir recursos para promoverem a próxima campanha, uma verdadeira “roda viva”.

E mais, pouco se ouve a respeito dos trabalhos prestados pelo político profissional em favor da população, pelo simples fato de que o interesse pessoal sobrepõe o coletivo.

O que causa estranheza e preocupação, é que a cada eleição o político profissional fica mais distante da realidade da população, contudo, seus votos aumentam na mesma proporção que seu patrimônio.

O renomado jurista Luiz Flávio Gomes, inclusive lançou uma campanha que tem como objetivo acabar com o político profissional, impondo algumas medidas que certamente trariam resultados práticos, dentre elas, impedir que o político deixe de exercer a sua profissão particular, impedir a reeleição para o mesmo cargo e obstar que o político exerça dois mandatos consecutivos nos cargos legislativos.

É evidente que se trata de um projeto ambicioso e sofrerá resistência, já que nossos legisladores não tem interesse em perder a profissão e os inúmeros “benefícios”.

Diante disso, enquanto não alcançamos essa independência e nos livramos por meio da legislação desta categoria, que, sem dúvida nenhuma é um câncer para o nosso país, cabe à população fazer a sua parte.

Estamos a 90 dias das eleições municipais e observamos que os políticos profissionais, velhos conhecidos, já estão se movimentando para garantir o emprego por mais quatro anos, inclusive com as mesmas promessas ditas na eleição passada, que nem de longe foram cumpridas.

Cabe ao eleitor dizer não.

Ao invés de reeleger, por que não tentar eleger alguém que não teve oportunidade ainda?

Vamos começar pela Câmara Municipal.

Em Várzea Grande, temos 21 vereadores, sendo que, 40% já foram reeleitos, dentre os quais, alguns estão há mais de 20 anos exercendo o cargo, ficando caracterizado tratar-se de político profissional.

Já é suficiente.

A população deve agradecer os serviços prestados e se despedir do vereador, oportunizando a outros cidadãos que colaborem com o seu município, oxigenando a câmara municipal e evitando que o politico profissional se perpetue e mantenha os famosos “acordos” com o executivo.

Enquanto não rompermos com os políticos profissionais, continuaremos assistindo os escândalos e sofrendo as consequências dessa classe que, enriquece à custa do sofrimento daquele que necessita de saúde, educação e segurança.

Toda vez que o cidadão deixa de ser atendido nos hospitais, postos de saúde, não tem medicamentos, professores municipais sem condições de trabalho, há superfaturamento de merenda escolar, ou qualquer outra barbárie, pode ter certeza, o político profissional é um dos responsáveis.

Vamos refletir e dar a resposta nas urnas.

*Rodrigo Araújo advogado e conselheiro estadual da OAB/MT

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