por Thaiza Assunção/VG Notícias
Uma jovem grávida de oito meses morreu após ter procurado atendimento médico no Pronto-Socorro de Várzea Grande no sábado (27.04). De acordo com informações, Patrícia Alves da Costa procurou a unidade hospitalar com fortes dores e perda de líquido.
No entanto, conforme informação, foi aconselhada a ir embora sem ao menos ter feito uma ultrassonografia, pois, segundo o médico que a atendeu, a jovem só ganharia o bebê daqui a um mês.
Depois de ter sido orientada a retornar para casa, Patrícia continuou sentindo dores. Ela buscou atendimento no hospital Santa Helena em Cuiabá. Lá, a jovem recebeu a notícia de que o bebê estava morto e que ela precisaria passar por uma cirurgia de emergência para retirar a criança.
Sabendo do estado em que se encontrava o bebê, o quadro clínico da jovem se agravou. Ela perdeu muito sangue por conta de uma hemorragia, não resistiu e morreu na mesa de cirurgia. Os corpos de Patrícia e do bebê que ela esperava foram enterrados neste domingo (28.04).
Esta é a quinta morte registrada sob responsabilidade da maternidade pública de Várzea Grande que foi inaugurada pelo prefeito do município, Walace Guimarães (PMDB) no dia 15 de março.
Em menos de um mês da inauguração, três crianças morreram por problemas relacionados à estrutura da unidade. Agora, por falta de atendimento, a maternidade é responsável pela morte de mais uma criança e também de uma mãe.
Walace Guimarães assumiu a Prefeitura da cidade com o compromisso de melhorar a saúde, já que é médico e colocou na Secretaria a sua esposa, Jaqueline Guimarães, que também é médica. Mas, os dois parecem não ver o caos que a saúde pública do município enfrenta.
Patrícia deixou um filho de três anos que deverá ficar sob os cuidados da avó materna, Evanil Alves da Rosa. Familiares pedem justiça.
Outro lado: A reportagem do VG Notícias tentou contato com o coordenador do Pronto-Socorro de Várzea Grande, Renato Tetilla, no entanto o mesmo não atendeu as ligações e não retornou as chamadas até o fechamento dessa matéria.
Em entrevista a um veículo de comunicação de Cuiabá, Tetilla informou que vai abrir uma sindicância para apurar a forma como Patrícia foi atendida na unidade pública. Ele informou que se for constatado omissão do médico que atendeu a jovem, o profissional será denunciado no Conselho Regional de Medicina (CRM).
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