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Cidades Segunda-feira, 26 de Maio de 2014, 08:51 - A | A

Segunda-feira, 26 de Maio de 2014, 08h:51 - A | A

DEU NO FANTÁSTICO

“São vários plantões em que não há medico na UTI. É como estar num avião sem piloto”, afirma médico do Pronto-Socorro de Cuiabá

De acordo com ele, “não foram nenhum ou dois casos de pacientes que poderiam ter saído vivos das UTIs do Pronto-Socorro e não saíram. Saíram mortos, porque eles não tiveram o cuidado adequado. Isso acontece frequentemtente”, relata.

por Izabella Araújo/VG Notícias

O pronto-socorro de Cuiabá foi destaque negativo na noite de ontem (25.05) no “Fantástico” da rede Globo. Um médico da unidade – que prefere não se identificar, conta que “são vários plantões em que não há médico na UTI. É como estar num avião sem piloto”, afirma.

De acordo com ele, “não foram um ou dois casos de pacientes que poderiam ter saído vivos das UTIs do Pronto-Socorro de Cuiabá e não saíram. Saíram mortos, porque eles não tiveram o cuidado adequado. Isso acontece frequentemtente”, relata.

Ainda segundo as declarações do médico, ele é induzido a mentir sobre à hora da morte dos pacientes. “A família vai chegar na hora da visita, o senhor que morreu e que morreu um pouquinho mais tarde pra família não desconfiar que morreu num plantão sem médico. Eu não mudo o horário do óbito porque isso ultrapassaria a minha capacidade de ser conivente com essa situação dentro do Pronto-Socorro”, contou.

Outro lado - A prefeitura de Cuiabá negou as acusações, contudo, a reportagem do Fantástico teve acesso a oito comunicados internos dos últimos três meses avisando a direção do hospital sobre períodos em que a Unidade de Terapia Intensa (UTI) ficou sem médicos.

Casos graves - Dona Alaíde, de 62 anos, está internada em Cuiabá, desde abril e aguarda uma cirurgia. O caso dela é grave e segundo relatório médico, ela corre risco de morte.

“Ela tinha no cérebro dois aneurismas - que é quando um vaso sanguíneo incha muito. Ele pode estourar e provocar uma hemorragia. Um deles já tinha se rompido e ela quase não conseguia falar”, conta a reportagem.

Fantástico: Ela está com aneurisma?
Elaine da Silva, filha de Dona Alaíde: Isso
Fantástico: Há quanto tempo?
Elaine: Desde o dia 12 de abril.
Fantástico: Dia 12?
Elaine: Isso, de abril.

A filha conseguiu na Justiça uma decisão liminar que obriga o hospital a realizar o tratamento. “Entramos com a liminar, no centro de regulação já foi liberado, mas no Hospital Geral, o Estado não está pagando, então é uma situação muito difícil”, disse a filha Elaine.

Conforme o Fantástico, esta é uma situação comum em Cuiabá e em vários outros pontos do Brasil. Muitos pacientes só conseguem tratamentos por força de liminares, mas nem todos. Mesmo com uma decisão judicial na mão, essa mulher não conseguiu uma cirurgia para a mãe, que está com uma veia entupida na perna.

“Ela pode perder a perna. Tem vezes que ela toma até três morfinas por noite. E o médico falou que é perigoso tomar muita morfina e o coração não aguentar”, contou Perpétua Socorro, filha de dona Aparecida.

“Essa liminar foi dada dia 22 que o juiz determinou fazer a cirurgia, de abril. Está até aqui, está citando que o Estado tá pagando R$ 20 mil de multa ao dia e não foi cumprido, a liminar, e a minha mãe está nessa situação”, destaca a filha.

Confira reportagem completa.

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