Novas denúncias que chegaram ao VG Notícias apontam mais medicamentos vencidos e amontoados em uma sala e banheiro, no Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), em Várzea Grande.
A reportagem do VG Notícias esteve no local, e constatou que na sala de bombas do CCZ, nem a porta se abre de tantas caixas de medicamentos entulhadas. A estimativa é que no local há mais de 200 caixas cheias de diversos tipos de medicamentos, inclusive reagente usado em Raio X para vencer.
Segundo um dos servidores do Centro de Zoonoses, os medicamentos chegaram ao local, na época em que a Saúde do município era comandada pela ex-primeira-dama Jaqueline Beber Guimarães.
“Trouxeram os medicamentos aqui e disseram que ficaria apenas um mês enquanto iam reformar o almoxarifado. Depois trouxeram mais umas três viagens e não retiraram até hoje”, contou.
De acordo com a gerente do Centro de Zoonoses, Glaucy Kelly, assim que assumiu o cargo em junho deste ano, fez um relatório informando sobre os medicamentos e solicitando a ex-subsecretária Mariele Patrícia Monteiro providências. No entanto, não recebeu resposta, depois foi informada que Mariele havia deixado o cargo.
Kelly disse que ao fazer o relatório encontrou uma guia de devolução de lotes de diafragma e de monofilamento que venceram em 2011 - assinado pela enfermeira Amalha Márcia Evangelista, em 03 de janeiro de 2012, conforme no final da matéria.
Sem controle - Embora o prefeito cassado, Walace Guimarães (PMDB) tenha sido alertado pelo Tribunal de Contas da União (TCU), no início de 2015, para regularizar o controle de estoque e armazenamento dos medicamentos do município para evitar desperdícios e dano ao erário, nada foi feito, o que ocasionou esses novos casos de perda de medicamentos.
O controle foi recomendado, em virtude de o município ter perdido, em abril de 2012, mais de 400 tipos de medicamentos, que ultrapassaram 20 mil unidades, pois estavam vencidos desde 2009, na Secretaria Municipal de Saúde de Várzea Grande. Conforme o TCU, o desperdício ocorreu nas gestões dos ex-secretários de Saúde do município, Jaqueline Guimarães, Renato Tettila e Willian Caetano Rosa. Clique Aqui e confira matéria.
Compras excessivas – Estranhamente, em início de 2015, Walace autorizou a compra de mais de R$ 28,5 milhões em medicamentos, por meio de 17 empresas, para atender o município por 12 meses. Mesmo após a compra dos itens, usuários do sistema municipal de Saúde não encontravam medicamentos nas unidades municipais. Clique Aqui e confira matéria relacionada.
O pregão acima citado originou a compra de mais de 350 tipos de medicamentos para tratamento de diversas doenças. Entre as empresas vencedoras do certame constam: Rinaldi & Cogo Ltda, com sede no Estado do Paraná, ALL Médica Distribuidora de Materiais Hospitalares, Stock Comércio Hospitalar, Sigmamed Distribuidora Ltda, Marcofarma Distribuidora de Produtos Farmacêuticos, Inovamed Comércio de Medicamentos Ltda além de outras.
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