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Cidades Quarta-feira, 15 de Maio de 2013, 09:00 - A | A

Quarta-feira, 15 de Maio de 2013, 09h:00 - A | A

Especial 146 anos

Maioria de empresas atacadistas está em VG

Setor chega a movimentar R$ 70 milhões em ICMS por ano, sendo 70% desse total gerado dentro da Cidade Industrial

 

por Rojane Marta/VG Notícias

Várzea Grande aglomera o maior número de empresas do ramo atacadista do Estado de Mato Grosso. De acordo com o presidente da Associação Mato-Grossense de Atacadistas e Distribuidores (Amad), Sérgio José Gomes, a Rodovia dos Imigrantes é uma das principais causas do grande número de instalação das empresas atacadistas no município, devido à facilidade de acesso.

“Várzea Grande sempre foi um município vocacionado ao setor atacadista por estar próximo desta rodovia e estar com fácil ao acesso à BR 364, o que facilita a logística, na armazenagem e escoamento dos produtos” afirma. Segundo Gomes, nos últimos cinco anos, aproximadamente 30 empresas atacadistas se instalaram na cidade e não houve registro de nenhum encerramento de atividades nesses últimos anos.

Somente de empregos diretos, o setor atacadista gera 9.217, além dos 2.401 indiretos. Existem também 4,7 mil representantes comerciais - sendo que 70% desses números são correspondentes a Várzea Grande.  Já em termos de frota de veículos, em média são oito mil veículos, entre motos e carros de representantes comerciais e frota de caminhões das empresas – também cerca de 70% representa Várzea Grande.

As empresas atacadistas representam uma fatia grande na arrecadação do município, e têm um papel fundamental na economia do Estado e de Várzea Grande. Elas movimentam uma arrecadação anual de R$ 50 à R$ 70 milhões, referente ao Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), sendo que 70% desse valor, segundo detalhou Gomes, diz respeito à empresas com sede em Várzea Grande.

“Essas empresas não vendem somente para o município de Várzea Grande e Cuiabá. O fato de, a sede das empresas serem aqui favorece porque os produtos são vendidos para todo Estado e inclusive à algumas empresas fora do Estado, porém a mão de obra, o emplacamento de veículos ( motos, caminhões, carros ), empregos diretos e indiretos são todos do município de Várzea Grande, o que responde de forma significativa econômica/social  e na arrecadação ao município, “explica o presidente da Amad.

No entanto, apesar de participar ativamente na economia do Estado – seja na arrecadação ou na geração de empregos diretos e indiretos, essas empresas não tiveram incentivos para se instalar no município. Mesmo sem este incentivo, Gomes detalha que algumas empresas optaram por Várzea Grande devido à facilidade logística. Ele destaca ainda, que nos últimos três a quatro anos para cá, houve um olhar mais atento para o setor por parte do governo do Estado o que vem estimulando a ampliação e expansão das operações de Distribuição e Atacado.

Sérgio pontua ainda que Mato Grosso, geograficamente, é um dos maiores Estados do país, mas com uma densidade demográfica muito pequena. Conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) são três habitantes - no máximo - por quilômetro quadrado, o que faz com que o Estado se torne vocacionado ao canal atacadista, pois quem abastece os mercados varejistas nos mais longínquos municípios é o setor atacadista.

“Porém, o maior obstáculo do setor são as péssimas condições de trafegabilidade de nossas rodovias, algumas ficam intransitáveis como é caso da região Noroeste do Estado em que cidades ficam isoladas”, frisa.

Criação de entidades representativas fortalece setor - O presidente da Amad conta que, em 1980, Mato Grosso, especificamente Cuiabá e Várzea Grande, tinha um papel de entroncamento fundamental para abastecer Rondônia, Acre e Amazonas – mas com o passar do tempo, esse canal se perdeu, ficando Goiás como essa central de abastecimento. Na época, segundo Gomes, o governo daquele Estado concedeu incentivos fiscais e fez com que se tornasse uma potência Nacional do setor atacadista. Já Mato Grosso, por não ter tido atrativos, foi ficando a deriva neste espaço.

“De 2001 a 2003, o setor atacadista mato-grossense estava praticamente prestes a fechar as portas. Foi quando começou a movimentação por meio da associação e do sindicato para mostrar ao governo a necessidade de fazer algo porque é um setor fundamental para a sobrevivência, inclusive do próprio setor varejista. Nós estávamos perdendo esse espaço para o setor atacadista de outros Estados, que - na realidade - nem vinham aqui para se instalar, eles montavam apenas pontos para fazer troca de nota e fazer a redistribuição. E o Estado perdendo com isso. Perdendo os empregos gerados pelo setor e perdendo também na movimentação econômica que deixava de passar por aqui” enfatiza.

Conforme Sérgio, após a criação da AMAD e do Sindicato dos Atacadistas, foi que o setor começou a melhorar e se desenvolver. Ele salientou que a partir de 2007, o Governo do Estado começou a olhar mais atentamente para a importância desse segmento econômico uma vez que, de forma organizada a Entidade demonstrou as demandas necessárias para o setor desenvolver revertendo ao Estado em divisas econômicas de forma que toda a sociedade ganhe.  O presidente da AMAD destaca que as entidades como AMAD e SINCAD-MT são instrumentos de fortalecimento ao setor atacadista, para que ele se desenvolva, em prol de um relevante serviço que é o abastecimento do canal varejista.

As sedes das entidades ficam em Várzea Grande, justamente pela cidade ter um aglomerado do ramo atacadista. “O setor hoje está organizado. Possui sede em Várzea Grande; a sede da Associação Mato-Grossense e do Sindicato do Comércio Atacadista é em Várzea Grande, justamente por conta dessa concentração atacadista no município. É uma forma até de agraciar a cidade por comportar um grande número de empresas atacadistas. Essas duas entidades têm como finalidade proteger o setor e fortalecer o diálogo entre as empresas, Governos e toda a sociedade, para assim, continuar se desenvolvendo e proporcionar emprego, renda e aumento na arrecadação”, finaliza.

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