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Cidades Terça-feira, 17 de Novembro de 2015, 14:43 - A | A

Terça-feira, 17 de Novembro de 2015, 14h:43 - A | A

Denúncia

Famílias de pacientes internados em hospitais particulares denunciam golpes em Cuiabá

Estelionatários exigem até R$ 4,9 mil para realização de procedimentos

G1.com

Famílias de pacientes internados em hospitais particulares de Cuiabá estão sendo vítimas de golpes praticados por estelionatários há pelos menos quatro meses. Segundo a Polícia Civil, pessoas se passando por funcionários do hospital onde o paciente se encontra internado entram em contato com os familiares e afirmam que há necessidade de pagamento imediato, mediante depósito em conta, para que sejam realizados procedimentos de emergência.

Os casos na capital estão sendo investigados pelo delegado José Carlos Damian, da Delegacia Especializada de Estelionato de Cuiabá. Ao G1, Damian afirmou que já foram registrados seis boletins de ocorrência este ano denunciando esse tipo de crime. As vítimas são familiares de pacientes internados em dois hospitais da capital. Segundo o delegado, apesar de já ser conhecido, o golpe é “novo” em Cuiabá.

“Esses estelionatários possuem informações privilegiadas de dentro dos hospitais e ligam para as famílias, afirmam que o paciente precisa passar por um determinado exame ou procedimento de emergência que não é coberto pelo plano de saúde dele e que é necessária a realização de um depósito. Eles realmente têm conhecimento do estado de saúde do paciente e fazem uma pressão, chegando a afirmar, inclusive, que ele corre risco de morte caso o depósito não seja efetuado”, disse.

Conforme o delegado, há registros de casos similares que ocorreram em Cáceres e Rondonópolis, a 250 km e 218 km de Cuiabá, respectivamente. Damian afirmou que o golpe com o valor mais alto aplicado na capital foi no valor de R$ 4,9 mil, mas, apesar do tempo de investigação, ninguém foi preso até o momento. Os hospitais que foram usados pelos golpistas chegaram a emitir cartilhas de alerta às famílias dos pacientes.

“Eles explicam nas cartilhas para que não deem atenção a ligações desse tipo, que não faz parte da política do hospital ligar e cobrar depósito para a realização de procedimento algum”, disse o delegado.

Conforme a polícia, foram solicitados aos hospitais as relações dos funcionários que têm acesso aos prontuários dos pacientes e aos dados pessoais e dos familiares.

De acordo com o delegado, o que dificulta as investigações e o rastreamento das ligações é que os estelionatários usam chips descartáveis para acionarem as famílias e, na sequência, os depósitos são feitos em contas de terceiros, sendo imediatamente sacados pelos golpistas.

“A partir do saque, é difícil conseguir reaver esse dinheiro. O melhor é sempre ficar alerta e ligar ao hospital para confirmar a veracidade das informações, caso receba alguma ligação desse tipo”, disse.

Em um dos hospitais, foi colocado nos elevadores e corredores um comunicado para alertar sobre o golpe. Trecho do cartaz diz o seguinte: "Pessoas estão ligando para familiares de pacientes internados, usando o nome da administração do hospital, pedindo que seja depositado valores refentes a remédios, exames ou materiais médicos. No golpe, além do nome do paciente, é informado o nome do médico que pediu a internação, confundindo familiares que acabam depositando o valor pedido".

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