O Governo de Mato Grosso vai pagar R$ 2 milhões para que a empresa Concremat realize um levantamento dos problemas na Arena Pantanal. Somente depois de receber as planilhas da empresa é que o estado dará seguimento ao processo de contratação emergencial de uma nova empresa para realizar os reparos necessários do estádio, que já custou cerca de R$ 700 milhões aos cofres públicos. A empresa deve iniciar os trabalhos nesta segunda-feira.
A Concremat é a responsável pelo gerenciamento das obras do estádio desde o início da construção, em 2010, quando o antigo Verdão foi demolido para dar lugar à moderna praça esportiva, que recebeu quatro jogos na Copa do Mundo e tem sido a casa do futebol mato-grossense.
A Arena Pantanal passa por diversos problemas tanto na área física quanto na jurídica. O prazo concedido pelo governo de Mato Grosso à empresa Mendes Júnior quanto a retomada das obras da Arena Pantanal se encerrou no começo do mês. Com isso, o Estado entrou na justiça para cobrar a empreiteira pela não finalização do estádio.
As reformas são necessárias não somente para atender o público e os clubes, mas para que o estádio consiga a certificação LEED, que atesta o caráter ambiental e sustentável da obra. Sem o certificado, o empréstimo que o governo realizou junto ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento) irá dobrar de valor: passaria de cerca de R$ 300 milhões para R$ 600 milhões. O governo tem o prazo até dezembro de 2016 para conseguir a certificação.
A Concremat terá um prazo de 15 a 30 dias para finalizar o levantamento em todas as áreas da Arena Pantanal. O contrato assinado tem validade de 300 dias.
Papelada
A Secid tem um relatório próprio de 187 páginas e mais de 60 itens relacionados às pendências que ficaram pelo caminho. Recentemente, a CBF listou o que precisa ser melhorado para o estádio voltar a receber jogos de grande porte. Devido aos problemas, a Arena Pantanal está liberada para apenas 10 mil torcedores - sua capacidade oficial é de 41 mil.
No ano passado, a empresa Mendes Júnior se negou a assinar o Termo de Ajustamento de Gestão (TAG) com o Estado e o Tribunal de Contas (TCE), que previa a retomada das obras. O governo alega ainda que a empreiteira deve cerca de R$ 17 milhões ao estado, segundo estudos realizados pela Secid.
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