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Artigos Quinta-feira, 17 de Dezembro de 2015, 13:41 - A | A

Quinta-feira, 17 de Dezembro de 2015, 13h:41 - A | A

Veloz e furiosa

                                                                                                                                                                                                                                           por Sérgio Malbergier *

 

A hipercrise ganha velocidade alucinante. A velocidade terrível da queda, como diz Lobão. O antigo regime nunca esteve tão vulnerável. A Lava Jato, enquanto avança, se credencia como o Big Bang do novo Brasil.

A presidente Dilma é tão propensa ao erro que isso, nessa esfera, se transforma em virtude. Sob sua batuta, o Estado Velho implode, incapaz de reagir. Ela rege a desordem, a discórdia, o caos destrutivo e criativo.

Petistas reclamam que o governo não controla a Polícia Federal —é a incompetência positiva. Enquanto isso, na economia, a incompetência destrutiva impede qualquer reação populista efetiva. Não há dinheiro.

Em meio a toda essa inoperância, das entranhas da máquina pública, uma elite de servidores bem remunerados, bem formados e independentes, filhos da Constituição de 1988, investe contra o sistema sob o aplauso e nos ombros do povo.

Não foi o abraço que Lula e o PT deram no capitalismo que libertou o país do atraso eterno. Aquilo foi uma ilusão, não resistiu. O novo PT, agigantado em 2010 por um PIB crescendo a 7,5% e um Lula aprovado por 80% da população, se assumiu velho PT num governo liderado por uma burocrata brizolista, estatista, que nunca tinha ganho eleição ou feito política na vida. Aquilo deu nisso.

Dilma em cinco anos destruiu o caminho aberto a muito custo por Itamar, FHC e Lula. Desorganizou o país de um jeito que parece não ter conserto com ela no comando.

Tudo o que o governo faz parece fadado ao erro. Seu recurso ao Supremo Tribunal Federal contra a tramitação do impeachment, por exemplo, vai acabar legitimando e blindando o processo juridicamente. E, tudo indica, em termos desfavoráveis a Dilma. Mesmo o que o Planalto comemora, como a defenestração de Eduardo Cunha, joga a favor do impeachment pois o deputado, no comando da Câmara e do processo, o macularia.

Escrevo essa coluna tarde da noite desta quarta-feira alucinante de notícias, numa semana alucinante de notícias, que ainda não acabou, depois de voltar da manifestação pró-governo liderada por centrais sindicais e movimentos sociais. A legislação que o governo Lula aprovou transferindo bilhões de reais para as centrais foi um dos melhores investimentos que o PT fez com o nosso dinheiro. Estamos financiando os manifestantes governistas na Paulista, a maior parte mobilizados e uniformizados pelas centrais, sindicatos e outros movimentos organizados e tutelados. Mas eles não são a maioria. A maioria dos brasileiros, segundo as pesquisas, quer o impeachment.

O trem saiu da estação.

 

Sérgio Malbergier é consultor de Comunicação, e é correspondente da Folha de São Paulo

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