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Artigos Quinta-feira, 19 de Novembro de 2015, 11:12 - A | A

Quinta-feira, 19 de Novembro de 2015, 11h:12 - A | A

Lula insinua que Deus é o culpado pelo petrolão

                                                                                                                                                                                                                                               por Josias de Souza*

Citado nominalmente por Lula na entrevista que deu ao repórter Roberto D’Ávila nesta quarta-feira, Deus deveria ser intimado pelo juiz Sérgio Moro a prestar depoimento. É preciso que Ele confirme se tem mesmo algum envolvimento na formação do conluio que juntou burocratas, políticos e empreiteiros no esquema que assaltou a Petrobras, como insinuou Lula.

“Eu espero que um dia Deus, vendo tudo que está acontecendo no Brasil, carimbe na testa das pessoas o que ele vai ser quando ele tiver um emprego —se vai ser ladrão, se vai ser honesto ou não”, declarou Lula, como a queixar-se da omissão do Todo-Poderoso. “Você sabe que muitas vezes aquele cara que parece que é um santo, na verdade é um bandido. O que parece bandido é um santo.”

O entrevistador perguntou a Lula se ele tomou um susto quando a Lava Jato desmascarou a quadrilha que se instalara na Petrobras. Patrono das nomeações dos petrogatunos, o morubixaba do PT respondeu que o espanto foi planetário. “Acho que foi um susto para mim. E foi um susto para o mundo.”

Foi nesse ponto que Lula lamentou a omissão de Deus, que se absteve de carimbar “ladrão” na testa dos diretores da Petrobras. O depoimento de Deus tornou-se  indispensável. Ainda mais nesse clima de suspeição generalizada em que a simples menção de um nome pode afetar uma reputação que, às vezes, levou muito tempo para ser construída, como a do Todo-Poderoso.

Deus, obviamente, seria dispensado pelo doutor Moro de prestar qualquer tipo de juramento. Com divina paciência, Ele recordaria as bênçãos que concedeu a Lula. Golpeado por Collor abaixo da linha da cintura na campanha presidencial de 1989, Lula recebeu a graça de participar da cruzada pelo impeachment. Nessa época, chamava Collor de “ladrão”.

O Padre Eterno dirá ao juiz Moro: “Anos depois, com a graça de Deus, digo, com a Minha graça, Lula elegeu-se presidente da República. Incorporou aquele que chamava de larápio à sua base de apoiadores. Em 2009, premiou Collor com duas diretorias de uma subsidiária da Petrobras, a BR Distribuidora. Agora diga, meu filho, acha mesmo que alguém que é incapaz de perceber que Fernando Collor é Fernando Collor merece ajuda?” Sérgio Moro, mãos postas, encerrara o depoimento de Deus. E intimará Lula.

Josias de Souza é jornalista desde 1984. Nasceu na cidade de São Paulo, em 1961. Trabalhou por 25 anos na "Folha de S.Paulo" (foi repórter, diretor da Sucursal de Brasília, Secretário de Redação e articulista). 

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